29/03/2013

GEOPOLÍTICA - Coreia do Norte prepara mísseis para eventual ataque aos EUA


Coreia do Norte prepara mísseis para eventual ataque aos EUA 


[foto:www.asian-defence.com]

Kim Jong-un ordenou início de preparativos nesta sexta. Ordem foi emitida em reunião de emergência com o Exército. 

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenou nesta sexta-feira (29) o início dos preparativos para atacar com mísseis o território dos Estados Unidos e suas bases no Pacífico e na Coreia do Sul, indicou o órgão oficial do regime norte-coreano, a agência KCNA. 


A ordem foi emitida durante uma reunião de emergência noturna com os líderes de alto escalão do Exército, indicou a KCNA, e é uma resposta direta às manobras conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul na península com bombardeiros furtivos americanos B-2, capazes de transportar armas nucleares. 

 Em caso de "provocação imprudente" dos Estados Unidos, as forças norte-coreanas "deverão atacar sem piedade o (território) continental americano (...), as bases militares do Pacífico, incluindo Havaí e Guam, e as que se encontram na Coreia do Sul", declarou Kim, citado pela agência oficial. 

Na quinta-feira, em um contexto de escalada de tensões entre as duas Coreias, dois bombardeiros furtivos B-2 sobrevoaram a Coreia do Sul, uma maneira de os Estados Unidos ressaltarem sua aliança militar com Seul em caso de agressão do Norte.

 Segundo a agência oficial, Kim Jong-un disse que o voo dos bombardeiros furtivos equivale a um "ultimato e demonstra que querem lançar a qualquer preço uma guerra nuclear". 

O chefe do Estado-Maior do Exército Popular da Coreia, o diretor de operações e o comandante de operações estratégicas e foguetes estiveram presentes na reunião de emergência, realizada nesta sexta-feira à 0h30 locais (12h30 de quinta-feira no horário de Brasília), segundo a KCNA. 

Washington não costuma anunciar os voos de treinamento do B-2, um avião projetado para entrar nas linhas inimigas e bombardear alvos estratégicos a partir de uma grande altitude (até 15.000 metros).

 China pede calma -  Considerado indetectável e capaz de voar perto da velocidade do som, o B-2 pode transportar até 18 toneladas de armas convencionais ou nucleares, incluindo 16 bombas de 900 kg guiadas por satélite e oito bombas GBU-37 antibunker. 

A Coreia do Norte já havia ameaçado na terça-feira os Estados Unidos com ataques contra seu território e suas bases no Pacífico, mas se tratava de um anúncio, também através da agência oficial, proveniente do Exército.

 Neste caso trata-se de um alerta do líder do regime. 

A China pediu nesta sexta-feira às partes interessadas "que façam esforços coletivos para resolver a situação". "A paz e a estabilidade na península coreana são benéficas para todos", declarou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei. 

A China é o único aliado da Coreia do Norte e seu principal sócio comercial, que lhe fornece recursos energéticos indispensáveis para sua economia. Na quinta-feira, Washington disse mais uma vez estar "preparado para enfrentar qualquer eventualidade" procedente da Coreia do Norte, indicou o secretário de Defesa americano, Chuck Hagel. 

Os especialistas militares americanos afirmam, no entanto, que até o momento o aumento da retórica belicista da Coreia do Norte não é acompanhado por ações militares. Pyongyang, por exemplo, evitou ao máximo as tensões em torno das instalações industriais de Kaesong, compartilhadas com a Coreia do Sul, e que fornecem ao Norte receitas vitais para sua economia.

 Desde o início de março e a adoção de novas sanções da ONU contra Pyongyang, depois de um terceiro teste nuclear, a Coreia do Norte aumentou o tom de suas declarações, ameaçando Seul e Washington com ataques estratégicos e com uma guerra total. "Mas isso não deve ser interpretado como sinal de uma guerra iminente", disse Kim Yong-hyun, um especialista sul-coreano da Universidade Dongguk. "É uma reação esperada e calibrada pela mobilização de B-2, e este jogo com os Estados Unidos vai prosseguir", acrescentou.


Fonte:G1.com

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