16/03/2011

INFRAERO deixou de investir 440 milhões de reais em 2010

INFRAERO deixou de investir 440 milhões de reais em 2010



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Empresa culpa entraves em licitações por gasto de apenas 59% do orçamento


A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) deixou de investir 440 milhões de reais ao longo do ano passado, mesmo com os aeroportos do país à beira de um colapso.

Do orçamento previsto para a Infraero em 2010, de 1,085 bilhão de reais, foram executados apenas 59%, ou 645,6 milhões.

Na prática, deixou-se de investir em segurança nas pistas de pouso, modernização e ampliação de terminais em um período marcado por atrasos e cancelamentos de voos.

Levantamento da entidade Contas Abertas mostra que o investimento apenas parcial dos recursos é uma tradição da Infraero ao longo dos últimos quinze anos.

Em 2008, a empresa usou apenas 17% do previsto, ou 398,7 milhões, em valores corrigidos pela inflação.

O ano em que a Infraero utilizou um porcentual mais alto do orçamento previsto (98%) foi 1999. Os valores, no entanto, foram mais baixos: 125,7 milhões de reais.

Segundo o estudo, entre 1995 e 2010, a Infraero investiu nos aeroportos 4,3 bilhões de reais.

O orçamento para o período somou 8,9 bilhões, ou seja, só foi gasto 48% do previsto.

Isso significa que, nesse período, a empresa deixou de investir mais de 4,6 bilhões de reais.

Apesar do uso parcial dos recursos, o valor aplicado pela empresa em 2010 foi o segundo maior desde 1995.

A maior marca registrada foi em 2006, de 733,8 milhões de reais.

Nesse ano, o choque entre um avião da Gol e um jato matou 154 pessoas na região Norte do país.

Além da imprudência dos pilotos do jato, falhas na cobertura de radares e desatenção de controladores de voos foram apontados como causas do acidente.

Por meio da assessoria de imprensa, a Infraero informou que pretende realizar os 2,2 bilhões previstos para 2011.

Segundo a empresa, a execução orçamentária de 2010 foi frustrada por problemas em licitações, como questionamentos judiciais ou falta de interessados nas concorrências abertas.


Fonte:Revista Veja

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