13/07/2012

Especialista defende maior altitude de voo em SP


Especialista defende maior altitude de voo em SP 



 Os helicópteros em São Paulo voam mais baixo que no Rio, em Londres ou Nova York.

 Aqui, o voo acontece a 500 pés (ou 150 metros), enquanto nas outras cidades a altitude dobra, chegando a 300 metros ou mil pés.


 Especialistas divergem quanto à interferência da altitude na segurança de voo. Para Carlos Camacho, diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), os helicópteros "podem tudo" e isso põe em risco a aviação, principalmente em grandes cidades como São Paulo. 

 Ontem, um helicóptero da empresa de instrução de voo Go Air caiu na Lapa, zona oeste de São Paulo, matando duas pessoas: o instrutor de voo Maílson Rocha Lopes, de 23 anos, e o aluno e também piloto Denis Frank Thomazi, de 32. "Os helicópteros têm carimbado presença nos acidentes aéreos e não é à toa. Em São Paulo, você vê heliponto a 200 metros um do outro, voando abaixo do permitido. Infelizmente, ainda não evoluímos para um uso racional dos helicópteros no Brasil", afirma.

 Camacho defende não só o aumento da altitude permitida aos helicópteros. "Tem de aumentar a dos aviões comerciais também", diz. "Em São Paulo, helicóptero voa em todo lugar. Em Londres, só podem voar em áreas predeterminadas, como por cima do Rio Tâmisa." 

 A exemplo de Londres, São Paulo também tem suas Rotas Especiais de Helicóptero (REH), que, segundo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), foram criadas para "evitar interferência com o tráfego de voos por instrumentos" dos aeroportos. "Mas a responsabilidade de usar as vias e manter o afastamento de outros helicópteros é do próprio piloto. É assim em voos visuais", explica o perito em acidentes aéreos Roberto Peterka. 

 Controle O tráfego de helicópteros em São Paulo ficou tão congestionado que, em 2004, a torre de controle do Aeroporto de Congonhas passou a ser a única no mundo que mantém um controlador de voo específico para helicópteros. 

 A área de controle abrange uma distância de cerca de dez quilômetros de diâmetro - mas, ainda assim, não é possível controlar absolutamente todos os voos da segunda maior frota do mundo, com mais de 450 aeronaves. 

 No Rio, o Decea aumentou a altitude de voo dos helicópteros não por causa da segurança, mas do barulho: moradores de bairros como Humaitá e Botafogo reclamavam do ruído dos helicópteros, que agora têm de voar a pelo menos mil pés (300 metros). 

Em alguns casos, entre a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Cristo Redentor, a altitude estipulada é de 2,5 mil pés (cerca de 800 metros). 

Fonte:Veja online: Por Juliana Deodoro e Nataly Costa São Paulo com informações  do jornal O Estado de S.Paulo.

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