08/09/2009

BRASIL & FRANÇA FECHAM CONTRATO PARA COMPRA DE 50 HELICÓPTEROS

BRASIL & FRANÇA FECHAM CONTRATO PARA COMPRA DE 50 HELICÓPTEROS MILITARES






Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarcozy, da França, fecharam hoje (7) a compra de 50 helicópteros de transporte militar.



ec725 © Eurocopter - Photo SIRPA AIR

Os helicópteros serão produzidos pela Helibras, que tem entre os acionistas a francesa Eurocopter.

Lula afirmou que a parceria é fundamental na estratégia de defesa brasileira."Vamos produzir conjuntamente equipamentos que reforçarão a capacidade tecnológica do Brasil de proteger e valorizar suas riquezas naturais.

Esse é um componente fundamental da estratégia de defesa, que o meu governo aprovou", disse Lula.


ec725 © Eurocopter - Photo Patrick Penna

De acordo com o presidente Lula, o Brasil aposta em um projeto de defesa voltado para a construção da paz no continente, da confiança, da integração e da construção do desenvolvimento da região.

ec725 © Eurocopter - Photo Jerome Deulin


ec725 © Eurocopter - Photo SIRPA AIR

Sobre a compra dos caças franceses Rafale, Lula disse que o mais importante é a transferência da tecnologia. "Para nós, o avião é muito importante, mas o mais importante é termos acesso à tecnologia de forma a produzirmos esse avião no Brasil.

E é isso que estamos negociando agora com o ministro da Defesa Nelson Jobim e com o comandante da Aeronáutica Junite Saito ", explicou Lula.

O presidente não esclareceu se a licitação para a compra dos caças já estava fechada.

Ele adiantou que vai se reunir essa semana com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Junite Saito, para discutir pormenores.

O presidente da França, Nicolas Sarcozy, disse que os dois países vão produzir junto tanto os aviões Raffele quanto os helicópteros. "As negociações estão começando", disse Sarcozy.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que falou com a imprensa após o evento, também não confirmou se a licitação para a compra dos caças estava terminada. "A decisão tomada foi a de negociar com um fornecedor e não iniciar com os outros", disse Amorim.

Também estavam na concorrência com o Rafale o avião um avião de uma empresa sueca e de uma empresa dos Estados Unidos.

Os presidentes falaram ainda sobre a crise financeira internacional e afirmaram que tem posições conjuntas sobre o tema.

Lula disse que o G-20 tem um papel importante na nova ordem mundial que vai surgir com a crise financeira internacional. "Já ficou claro que o mundo não vai sobreviver a uma terceira onda de especulação como essa que nós tivemos", disse Lula.

Ele também falou da necessidade de reforma de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM). "O Brasil não emprestou US$ 10 bilhões ao FMI para tudo ficar como antes", disse.

Para Lula, essas instituições não podem continuar emprestando dinheiro e cobrando imposições que acabam fazendo com que o país mesmo tendo dinheiro não consiga pegar um empréstimo.

"Não cabe ao emprestador impor condições para emprestar dinheiro. O que o emprestador tem que querer é garantia de que vai se ressarcido pelo empréstimo", afirmou.

Os dois presidentes também conversaram sobre a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

Sarcozy disse que apóia o Brasil no pleito a uma vaga permanente no conselho e defendeu que outros países também possam ter um assento permanente.

"As Nações Unidas devem se reformar ou correm o risco de perder a legitimidade.

Estamos no século 21, não posso acreditar que a África não tenha um representante no Conselho de Segurança. Também não acredito que, no café da manhã do G-8, não possamos convidar o Brasil.", afirmou.

Lula e Sarcozy também assinaram acordos mas áreas de transporte, migração, defesa e cooperação policial.

Fonte: Agência Brasil via Terra

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