22/10/2009

A VOLTA DOS DIRIGÍVEIS

A VOLTA DOS DIRIGÍVEIS

Moby Air

Empresa de São Carlos desenvolve projeto pioneiro no mundo.

A empresa Airship do Brasil, em processo de instalação em São Carlos (a 230 km de São Paulo), desenvolve projeto que é pioneiro mundial na produção de dirigíveis cargueiros com capacidade de carga entre 20T a 500T.

O projeto inclui ainda dirigíveis menores, para tarefas de vigilância e monitoramento, captação de imagens aéreas em vídeo, tanto em ambientes urbanos como rurais, inspeção de linhas de transmissão e gasodutos, além da publicidade aérea.

O projeto começou com o desenvolvimento do ADB-1, que já realizou o primeiro voo público.

O modelo tem quatro metros de comprimento e 2,2 m3 e tem como finalidade ser um testbed para ensaios de configurações, de propulsão, estabilidade e controle.

A Airship já desenvolve o projeto do segundo modelo – o ADB-2 – com 12 metros de comprimento e 15 kg de capacidade de carga, capaz de desempenho acima da média tanto em alta velocidade como no voo parado. As versões futuras do ADB-2 irão incorporar capacidade de voo autônomo (robótico).

O projeto será realizado em convênio de cooperação com a Divisão de Robótica e Visão Computacional (DRVC) do Centro Tecnológico de Informática Renato Archer (CTI) do Ministério da Ciência e Tecnologia e também com o Núcleo de Pesquisas Aeronáuticas (NPA) da EESC-USP em São Carlos.

Em janeiro de 2010, a Airship do Brasil começa o anteprojeto e estudos de viabilidade técnica-econômica do ADB-3, com capacidade para 20T de carga e 120 m de comprimento. A missão do equipamento será o transporte de cargas na Amazônia e entre essa região e o Sul e Sudeste do país.

O desenvolvimento de dirigíveis maiores está previsto para os anos seguintes, em uma escala progressiva.


O Aeroscraft é mais um exemplo de DHM.

Ele pertence a Aeros Corporation e foi concebido para atender aos requisitos do WALRUS da DARPA, que parece ter sido cancelado.

Mesmo assim, a Aeros continuou com seu desenvolvimento, tendendo para o mercado civil.


Ele será capaz de transportar grandes quantidades de carga e centenas de passageiros, usando motores elétricos silenciosos. Trata-se de um dirigível preenchido com hélio, mas com um formato que lhe permite alçar vôo como um avião (ver pdf).



Aeroscraft

A Aeros promete que o Aeroscraft terá um sistema de decolagem e pouso com colchão de ar (ACTLS), situado na barriga da aeronave, o qual criará um vácuo para ancorá-la durante a aterrissagem.

O processo será invertido na decolagem.




Aeroscraft
Configurações do ML866.



P-791 DA LOCKHEED

O P-791 é um Dirigível Híbrido experimental desenvolvido pela Lockheed Martin.
Seu primeiro vôo ocorreu em 31 de janeiro de 2006 no campo de teste de Palmdale (Air Force Plant 42).


MANNED CLOUD

O arquiteto francês Jean-Marie Massaud, que já projetou hotéis na Califórnia e até um estádio no México, concebeu o Manned Cloud (Nuvem Tripulada), um incrível dirigível de 210 m de comprimento, que voa sustentado por gás hélio e tem formato de baleia.



Manned Cloud

Manned Cloud em forma de baleia.
(Arte Jean-Marie Massaud)



O Manned Cloud deverá ter área útil de 1.000 m2 e voar em velocidade de cruzeiro de 130 km/h.

Entretanto, sua velocidade máxima será de 170 km/h e terá autonomia de percorrer até 5.000 km sem qualquer escala.

Será equipado com cabines para 50 hóspedes voadores e 25 tripulantes.


Segundo Massaud, as grandes baleias fizeram uma escolha ao evoluir, e optaram por viver em harmonia com o meio ambiente.

Elas são símbolos de uma vida em harmonia com a natureza.




Ele não definiu ainda todos os detalhes técnicos, e tampouco encontrou financiadores ou patrocinadores empresariais para sua idéia, que abrigaria um hotel de luxo flutuante.



AIR SHIP ONE


O AirShipOne é um inovador híbrido movido a energia solar, que pode ser posicionado entre um dirigível semi-rígido e um avião.



(Clique na arte abaixo para ampliação)

AirShipOne

O AirShipOne foi criado pelo desenhista industrial israelense
Gosha Galitsky como seu recente projeto de graduação.

Tal artefato é apenas um pouco mais pesado que o ar, o que lhe permite dispender muito pouco esforço para decolar e poder voar a 120 mph.


Ele oferece uma alternativa silenciosa, eficiente e ecológica para o transporte aéreo.



STRATO CRUISER

O Strato Cruiser é um conceito de dirigível criado por Tino Schaedler e Michael J Brown. Trata-se de um luxuoso dirigível preenchido por gás hélio, que contém um restaurante gourmet, um spa, uma piscina, DJ residente, etc. É dirigido aos ricos viajantes cosmopolitas do planeta.


Strato Cruiser
Strato Cruiser. (Arte Tino Schaedler e Michael J Brown)




Com sua cobertura de fibra de carbono, desenho de câmaras de hélio seccionadas e células fotovoltaicas, a construção do Strato Cruiser permite novos níveis de segurança, velocidade e ecologia ao viajar-se no melhor estilo de vida.


Ele chega a reinventar o estilo do ZEPPELIN ao trazer um sky lounge em seu topo, tendo ainda um restaurante com vista panorâmica embaixo.



Strato Cruiser

Strato Cruiser. (Arte Tino Schaedler e Michael J Brown)

Suas suítes são protegidas dos espaços públicos, enquanto seu avançado sistema propulsor mais que dobra a velocidade de cruzeiro dos dirigíveis convencionais.


ISIS DA DARPA E LOCKHEED

O ISIS (Integrated Sensor Is Structure) é um conceito de dirigível não tripulado, cuja concorrência foi vencida em 2009 pelo estúdio Skunk Works da Lockheed Martin para a Agência de Pesquisa de Projetos Avançados de Defesa - DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency), do Pentágono, para a USAF. O programa prevê o voo do primeiro veículo para o ano fiscal de 2013.

Ele promete permanecer como um Dirigível de Alta Altitude (HAA - High Altitude Airship) a uma altitude estratosférica próxima a 20 mil metros, de onde poderá perseguir e encontrar alvos terrestres e aéreos por até 10 anos.



Programa ISIS
Dirigível estratosférico não tripulado ISIS. (Arte Lockheed Martin)



Seu radar será do tamanho do próprio dirigível, o que lhe permitirá tornar-se a melhor plataforma de vigilância possível na área de defesa contra mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro.


Esse contrato de US$ 400 milhões da Lockheed Martin contempla o desenvolvimento de um dirigível não tripulado de grande altitude equipado com um poderoso radar de alta tecnologia capaz de detectar veículos escondidos sob o manto das florestas a mais de 300 km de distância.

E ele será capaz de prover essa vigilância em tempo real.


O ISIS visa substituir várias plataformas aerotransportadas de vigilância, incluindo o Boeing E-3 (AWACS) e E-8C (JSTARS), com uma única plataforma de capacidade de altitude estratosférica próxima a 20 mil metros.

O objetivo do Programa ISIS é desenvolver um sensor autônomo e não tripulado baseado em um dirigível estratosférico, com uma persistência de anos em vigilância e detecção de alvos aéreos e terrestres.

Ele será capaz de detectar os mais avançados mísseis de cruzeiro a 600 km de distância e tropas a pé a 300 km, além de mover-se para qualquer ponto no mundo em 15 dias.

O futuro dirigível será equipado com um gigantesco radar de 600 m2, tão grande que dará ao sistema um alcance de detecção muito superior aos dos atuais AWACS e J-STARS.

Tal radar operará em dupla banda UHF, com a função de monitorar o terreno, veículos ou deslocamento de tropas.


ISIS

Altitudes comparativas para o ISIS.
(Arte DARPA)


O sistema contará ainda com um radar de banda X de 100 m2, que terá a função de detectar pequenos mísseis de cruzeiros ou veículos aéreos não tripulados (VANT).



SKY HOOK DA BOEING


Em julho de 2008, a Boeing anunciou acordo coma empresa canadense SkyHook International Inc.

para o desenvolvimento do dirigível híbrido com rotores comercial JHL-40, que terá capacidade de transportar 40 ton de carga pesada, como equipamentos e materiais, em áreas remotas do globo.




JHL-40
JHL-40 da Boeing-SkyHook. (Arte Boeing por Joe Naujokas)



Esse dirigível de flutuação neutra tem o envelope carregado de hélio projetado para suportar no ar o veículo sem carga.

Já seus 4 rotores com um total de 21 mil shp são dedicados a suportar a carga de até 40 ton e mover o dirigível a 70 nós por até 320 km sem reabastecimento em ambientes hostis como o Alasca, o Ártico, a Patagônia e a Amazônia.



Apenas como uma comparação tecnológica, o maior helicóptero do mundo, o russo Mi-26, precisa suportar seu peso vazio e a carga.

Para tal, ele necessita de rotores de 22 mil shp para carregar 20 ton.



O JHL-40 terá a tecnologia de rotores do CH-47 Chinook, além de aviônicos e controle de vôo do futuro 787 Dreamliner, ambos da Boeing.

A vasta experiência de integrador de projetos da Boeing também é um ponto vital para o seu sucesso.




JHL-40

JHL-40 da Boeing-SkyHook.
(Arte Boeing por Joe Naujokas)



O fato de ter peso igual ao do ar permite que este dirigível híbrido com rotores se sustente sozinho no ar, mesmo quando carregado de combustível.

Essa nova tecnologia a ser lançada em breve pelo consórcio Boeing-SkyHook já é aguardada por uma extensa lista de empresas, já estimada em 60 encomendas.



Elas esperam assim poder modificar profundamente suas estratégias operacionais, contando ainda com o aval dos ambientalistas de todo o mundo.

O US Army está interessado em uma versão militar de 30 ton para emprego a partir de 2015.



A Boeing construirá dois protótipos e a SkyHook prestará os serviços de logística para os clientes, cuidando ainda da manuteanção dos aparelhos.


LEMV DO US ARMY


O US Army planeja um ambicioso dirigível não tripulado de vigilância e reconhecimento persistente para o seu programa Long Endurance Multi-INT Vehicle - LEMV). Os primeiros testes serão feitos no Afeganistão.



(Clique na arte abaixo para ampliação)

LEMV

Dirigível Híbrido LEMV.
(Arte US Army)



O LEMV será um dirigível híbrido com flutuação, propulsão e meios aerodinâmicos para facilitar o pouso e decolagem.

Ele deverá levar uma carga de mais de 1 tonelada a 20 mil pés por três semanas.



Será pilotado opcionalmente para deslocamento podendo voar 2.500 milhas.

Voando a 10 mil pés a carga será de 2 toneladas.

A velocidade máxima será de 80 milhas e 20 milhas de cruzeiro.








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