27/09/2009

RADAR SCP 01 "SCIPIO" PARA AMX

NOVO RADAR PARA AMX A-1 DA FAB



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O desenvolvimento do radar SCP-01 começou em 1987, com a contratação da empresa brasileira Tecnasa pelo então Ministério da Aeronáutica, para equipar os AMX da FAB.

O trabalho começou a ser feito com cooperação da SMA italiana, através da seguinte divisão de trabalho: a empresa brasileira ficou encarregada do desenvolvimento da antena, servomecanismo, receptor/excitador/processamento analógico, painel de controle e estrutura mecânica, enquanto a italiana ficou responsável pelo transmissor e processamento digital do sinal.

Durante a década de 1990 o programa se arrastou por falta de verbas. O radar está em fase final de desenvolvimento, com a Mectron e a Galileo Aviônica da Itália (pertencente à SELEX).

Características

O SCP-01 é um radar multimodo, leve e compacto, com agilidade de frequência. É um equipamento que provê capacidade de detecção, rastreamento e ataque dentro da filosofia HOTAS (hands on throttle and stick).

Ele possui os seguintes modos de operação:

AR-AR

  • Busca e rastreamento
  • 4 submodos de combate ar-ar
  • Busca de avião tanque e busca enquanto rastreia (TWS)

AR-SUPERFÍCIE

  • Busca ar-mar com rastreamento monopulso
  • Busca ar-mar com TWS
  • Mapeamento
  • Telemetria ar-solo

O radar emprega diferentes formas de onda (pulsos e frequência de repetição de pulsos - PRFs), padrões de busca da antena e algoritmos de processamento.

Outras características

  • Baixo peso e tamanho compacto
  • Agilidade de frequência na banda I
  • Compressão de pulso
  • Operação doppler com média PRF
  • Antena monopulso de dois planos
  • Técnicas avançadas de ECCM (contra-contramedidas eletrônicas)
  • Processamento acançado de sinais configurado por software
  • Rejeição de clutter e rastreamento de alvos por algoritmos adaptativos
  • Processamento de imagem, com zoom no alvo e congelamento de imagem
  • Integração com o sistema de missão via barramento de dados digital 1553B
  • Saída para TV com gráficos em cores

Desenvolvimentos futuros

Explorando as capacidades de evolução de hardware e software, aperfeiçoamentos podem ser feitos no radar. Novos modos de operação podem ser implementados e o alcance ampliado, com antenas maiores e maior potência.

O radar pode incorporar as capacidades de Doppler Beam Sharpening, Weather avoidance, Terrain Avoidance/Contour Mapping, Ground Moving Target Indication and Tracking.

Em operação

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O radar SCP-01 foi projetado segundo o conceito LRU (Line Replaceable Units - unidades substituíveis na linha de voo), com elevado desempenho em busca e rastreio de alvos navais, terrestres e aéreos, inclusive com capacidade “look-down/look-up”.

A interface do SCP-01 com o piloto é feita pelo painel de controle e HDD - Head Down Display. No A-1M, AMX modernizado, o radar será totalmente integrado ao MFCD (Multi-Funciton Color Display).

Radares SCP-01 produzidos

MODELO / PROTÓTIPO

FINALIDADE

Mock-up 1 Estudos dimensionais e de design
Mock-up D Testes de gun fire vibration
Protótipo A1 Modelo de engenharia, sem requisitos quanto às características físicas/dimensionais
Mock-up 2 Análises quanto à instalação na aeronave
Protótipo A2 Modelo de engenharia, unidades com características físicas/dimensionais próximas das atuais
Protótipo B1 Ensaios em vôo, unidades com características físi-cas/dimensionais definitivas
Protótipo B2 Suporte ao vôo
Protótipo B3 Homologação
Protótipo B4 Referência para produção

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VERSÕES QUE NÃO DECOLARAM



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A AMX International tentou emplacar outras versões do AMX para exportação. Um delas foi o AMX-T, que foi oferecido como LIFT (Lead-in fighter trainer).

Entre as boas características do AMX-T, estavam a ótima manobrabilidade em baixas altitudes (limites de acelerações +7.33g e -3.6g) e voo alto subsônico (550 nós ao nível do mar), além da ótima visibilidade do cockpit.

O AMX-T também requeria menos manutenção que outras aeronaves de treinamento a jato e a presença de uma APU (Auxiliary Power Unit) na aeronave possibilitava a operação autônoma em aeródromos distantes, sem muita infraestrutura.

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Abaixo, a lista de versões do AMX que foram propostas, mas não seguiram adiante:

AMX-MLU: Mid-life upgrade conjunto Brasil-Itália, abandonado pelo alto custo e falta de verbas.

A Itália optou depois por uma modernização mais modesta, denominada ACOL (Aggiornamento delle Capacità Operative e Logistiche ), adotando novo sistema navegação/ataque por INS/GPS, novo MFD LCD, crash recorder, substituição de ítens obsoletos, melhoria na suíte de guerra eletrônica (EW), a integração do designador laser Thales CLDP e a habilidade de usar as novas bombas JDAM da Boeing, guiadas por GPS.

SUPER AMX: Versão biplace oferecida para a África do Sul. Teria HUD de grande ângulo, glass cockpit de última geração, HOTAS melhorado, GPS, HMD, sistemas defensivos avançados e o radar ítalo-brasileiro SCP-01 Scipio.

AMX-ATA: Versão do AMX para a Venezuela, com radar Elta-EL M-2032 e aviônica israelense. A Venezuela pretendia adquirir 8 aeronaves e depois mais 4, mas o negócio acabou sendo barrado por pressão dos EUA.

AMX-ATA-2: Aeronave de ataque leve e treinador de exportação, dotado de aviônica avançada e novo motor EJ-200, sem pós-combustor.

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AMX-E: Biplace especializado em Guerra Eletrônica (EW), para missões de escort jammer e SEAD (supressão de defesas antiaéreas), usando mísseis AGM-88 HARM. Estudos de viabilidade foram completados, mas o desenvolvimento cancelado.

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Fonte:Poder Aéreo

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