![]() |
| Avião decola no aeroporto Leite Lopes; governo contratou o IPT para elaborar curvas de nível de ruído |
O estudo que o governo do Estado de São Paulo aguarda ser concluído para levar a ampliação da pista do aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (313 km de SP), de volta à Justiça vai demorar pelo menos dois meses e meio para ficar pronto --isso se começar em maio.
Significa que, mesmo com a intervenção do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em favor da bandeira da prefeita Dárcy Vera (DEM), a novela da internacionalização ainda deve demorar para terminar, o que atrapalha o plano dos dois de agilizar no processo.
Isso porque o possível embate entre o Ministério Público, que entende que a ampliação da pista é inviável, e o governo para rever o acordo judicial que limita o Leite Lopes só deve começar na primeira quinzena de julho.
A contratação do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), por R$ 98 mil, para "elaboração das curvas de nível de ruído" foi publicada no "Diário Oficial do Estado", anteontem, um dia após Alckmin afirmar na cidade que depende do trabalho.
Segundo o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), órgão do governo estadual, o início do estudo está previsto para o mês que vem e vai terminar em oito semanas, conforme despacho no "Diário Oficial".
Hoje, seguindo as normas aeronáuticas em vigor, somente 1.800 metros da pista do Leite Lopes podem ser utilizados para pousos e decolagens --existe um descolamento da cabeceira 18 em 200 metros e outro da cabeceira 36 em 100 metros.
Com essas dimensões, o aeroporto não pode receber grandes aviões de carga, o que inviabiliza a internacionalização que Dárcy elegeu como sua bandeira política desde o ano passado.
ACORDO JUDICIAL
Para o Ministério Público, a medida do governo estadual será incapaz de produzir o efeito desejado pela prefeita, já que a Promotoria está decidida a fazer cumprir o acordo judicial que estabeleceu as normas atuais para o uso do aeroporto.
"A decisão judicial vai ser mantida. O único jeito de reverter o acordo é as partes sentarem para repactuar o caso. Mesmo que a Promotoria quisesse, a Aeronáutica não permitiria", disse Antônio Alberto Machado, promotor da Habitação.
Ele afirmou ainda saber que técnicos de órgãos aeronáuticos, de aviação civil e até da prefeitura "condenam" a ampliação. "Porque ele se tornará inseguro e desconfortável. É inviável."
De acordo com a nota do Daesp, "o governo do Estado vai apresentar à Justiça um conjunto amplo de dados com objetivo de ajudar a resolver o impasse".
Procurado ontem, o Quarto Comando Aéreo Regional informou que não se manifestaria porque só se posiciona, sobre qualquer assunto, após solicitação em ofício entregue na sede do órgão no Cambuci, em São Paulo.
| Fonte:Folha.com-Por:ARARIPE CASTILHO DE RIBEIRÃO PRETO /foto:Edson Silva/Folhapress |

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por participar e enviar seu comentário
Voar News Agradece pela sua participação