Israel intensifica bombardeios na Faixa de Gaza

Mais de 155 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas durante um dos ataques israelenses mais violentos dos últimos tempos. O governo de Israel afirmou que a ofensiva vai continuar.

Jatos F-16 de Israel lançaram dezenas de mísseis em diversos pontos da Faixa de Gaza. Os alvos foram prédios do governo e complexos de segurança do Hamas. O pânico tomou conta da cidade, transformada num cenário de guerra.
Os feridos foram levados às pressas para o hospital ou atendidos no meio da rua.
Entre as vítimas estão também crianças e policiais.
As Forças de Defesa israelenses informaram, em comunicado, que a ofensiva é resultado do que chamaram de “contínuas atividades terroristas do Hamas” e do “freqüente lançamento de foguetes contra alvos civis israelenses”.

A violência na região foi retomada no dia 4 de novembro, ainda durante um cessar-fogo de seis meses estabelecido entre o Hamas e Israel. Os isralenses alegaram ter localizado a escavação de um túnel junto à fronteira que seria usado pelos palestinos para seqüestrar soldados.
A Força Aérea atacou com mísseis e, desde então, o lançamento de foguetes e morteiros pelos palestinos foi retomado. Tentativas para estabelecer uma nova trégua fracassaram.

Os ataques palestinos – 80 só na véspera de Natal – causaram mais danos materiais do que humanos. A reação de Israel, anunciada oficialmente no último domingo, em Jerusalém, foi devastadora.

O Hamas convocou todas as facções palestinas para preparar a vingança. Antes mesmo do ataque deste sábado, autoridades isralenses já diziam que os palestinos estariam para retomar ataques suicidas em Israel – o que agora parece muito mais provável.

Por enquanto, a barragem de foguetes palestinos continua sendo disparada em direção a Israel. Uma mulher morreu.
O governo de Israel respondeu que os palestinos de Gaza estavam avisados e que o culpado por tudo é o Hamas, por se infiltrar entre a população civil.
A Faixa de Gaza tem uma das maiores densidades populacionais do mundo: 4.200 habitantes por quilômetro quadrado.

No sábado, milhares de pessoas saíram às ruas da Cisjordânia para protestar contra os ataques. Um grupo de jovens enfrentou soldados israelenses, que revidaram com granadas e bombas de gás lacrimogêneo.

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fonte:http://g1.globo.com/jornalhoje/