Nizar Rayyan foi atingido por ataque em sua casa em Jabalia.
ONU não chegou a acordo sobre trégua, e confronto segue pelo 6º dia.
O Hamas anunciou que Nizar Rayyan, um de seus principais líderes, foi morto nesta quinta-feira (1) por um bombardeio israelense à Faixa de Gaza.
Rayyan, defensor de ataques suicidas contra Israel, estava em casa no campo de refugiados de Jabalia quando foi atingido. Outras quatro pessoas teriam morrido no ataque.
O Exército de Israel não confirmou nem desmentiu o ataque.
Rayyan é o mais importante nome do Hamas morto na ofensiva de seis dias de Israel contra Gaza, que já deixou mais de 400 mortos e 2.000 feridos.
Nizar Rayyan, líder político do Hamas morto nesta quinta-feira (1), durante inspeção de militantes em 15 de setembro de 2007. (Foto: Reuters)
Mais cedo nesta quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU falhou em votar um esboço de resolução pedindo o cessar-fogo imediato em Gaza.
A resolução havia sido apresentada pela Líbia, único país árabe atualmente no conselho.
Os diplomatas disseram que novas negociações ocorrerão nos próximos dias. Representantes ocidentais afirmaram que falta "equilíbrio" ao texto proposto.
Tanques israelenses estacionados nesta quinta-feira (1) na fronteira com a Faixa de Gaza. (Foto: AFP)
Os pesados ataques aéreos à região palestina controlada pelo Hamas entraram em seu sexto dia, segundo testemunhas. Foram atacados o prédio do parlamento na Cidade de Gaza, o campo de refugiados de Jabalia e posições do Hamas na costa mediterrânea.
ataques israel gaza 1 janeiro (Foto: Arte G1)
Foguetes palestinos também caíram sobre as cidades israelenses de Beersheba e Sderot. O Hamas afirmou ter disparado contra uma base da aeronáutica israelense na região de Beersheva. O grupo afirmou que aviões israelenses que atacam Gaza "partem dessa base". Quatro cidadãos de Israel morreram em ataques com foguetes desde sábado.
A situação humanitária é grave em Gaza, segundo a ONU. O Exército de Israel anunciou que permitiria a entrada no território de um comboio de 93 caminhões com ajuda humanitária, vindo do Egito.
O premiê da República Tcheca Mirek, Topolanek, disse que planeja uma missão diplomática em nome da União Européia para o Oriente Médio para tentar solucionar a crise. A missão incluiria o chefe de Política Externa do bloco, Javier Solana, a comissária de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, e o chanceler tcheco, Karel Schwarzenberg.
Também nesta quinta-feira, o Papa Bento XVI pediu que a violência e o ódio "não se imponham" no mundo em 2009, fazendo uma especial alusão a Faza. Segundo o pontífice, "a grande maioria" da população israelense e palestina quer "viver em paz". (assista ao vídeo ao lado)
Trégua rejeitada
Na quarta-feira, Israel havia rejeitado uma proposta de trégua de 48 horas apresentada pela França no dia anterior.
A rejeição à trégua ocorreu mesmo com o aumento da pressão internacional sobre Israel pelo fim dos ataques. O ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, se disse contrário à iminente operação terrestre do exército israelense em Gaza.
A chanceler israelense e candidata a premiê, Tzipi Livni, foi a Paris nesta quinta para se reunir com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, para explicar a recusa da trégua. Ela negou que o território palestino atravesse uma crise humanitária.
O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum, voltou a dizer que o movimento aceita "com condições" a proposta de cessar-fogo da União Européia, contanto que as fronteiras do território sejam abertas e sejam dadas "garantias" sobre o fim das agressões.
fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/
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