11/09/2012

Setor de aviação em aquecimento exige profissionais com graduação


Setor de aviação em aquecimento exige profissionais com graduação 


Confira quais conhecimentos são os mais requisitados pelas empresas Trabalhar no ramo da aviação civil é para muitos mais do que simplesmente a realização de um sonho.



É a oportunidade de galgar uma carreira promissora em um setor que está em plena expansão não só no país. 

Segundo previsões da Boeing, uma das maiores fabricantes de aeronaves do planeta, o mundo necessitará nos próximos 20 anos de 34 mil novos aviões. No Brasil, conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), no período entre 2003 e 2010, o volume de passageiros transportados apenas pela aviação comercial mais do que dobrou, saltando de 40 milhões para 100 milhões em 2012. Inevitavelmente, esse crescimento vem demandando profissionais bem formados para atuar nas empresas do setor. 

Diante desse cenário, está o surgimento e o fortalecimento de vários cursos universitários relacionados à área. Mas qual deve ser o perfil do profissional que deseja atuar nesse segmento? Respondendo a esta pergunta, Edson Luiz Gaspar, coordenador do curso de Aviação Civil, da Universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo, cenário do programa do Globo Universidade sobre aviação, destaca que a pessoa deve ser além de apaixonada pela área, dedicada, empolgada com o mercado de aviação e atenta às modificações e às tendências da aviação. “Todas as empresas ligadas à aviação necessitam de um suporte administrativo em diferentes áreas. 

Por exemplo, uma companhia aérea precisa transportar passageiros, que é seu objetivo principal, entretanto, para que o avião esteja no local determinado e no horário, existem vários outros setores que prepararam o voo, tudo para que naquele momento a aeronave esteja pronta. Ou seja, abastecida, com o plano de voo feito e aprovado, passageiros embarcados, entre outras coisas. 

Um curso de graduação proporciona a formação adequada para que o aluno possa ingressar em todos estes setores, que vão desde o planejamento das malhas aéreas à coordenação de voo, incluindo sua segurança, além de tantos outros existentes nas empresas aéreas”, destaca Edson. 

De acordo com o coordenador, no caso da graduação em Aviação Civil da Anhembi Morumbi, cujo curso tem duração de três anos, 95% dos alunos que ingressam tem como principal objetivo se tornar piloto, ou aperfeiçoar a prática de pilotagem. Entretanto, de acordo com ele, a grande meta dos professores que lecionam na instituição é o de fazer com que os alunos enxerguem outras possibilidades de trabalho no setor. 

Segundo explica Edson Gaspar, o curso, que é homologado pela Anac e reconhecido pelo Ministério da Educação desde 2004, é dividido em três principais eixos. São eles a formação de pilotos, de gestores de aeroportos e de gestores de empresas aéreas.

 No que tange à pilotagem, o aluno recebe noções para comandar aeronaves, voar em grandes empresas, supervisionar atividades de manutenção, prevenir acidentes aéreos, entre outras atividades. 

Como gestor de aeroportos, o aluno é capacitado para desenvolver projetos de aeroportos e trabalhar em empresas privadas que administrem aeródromos. Já como gestor de empresas aéreas, o estudante é preparado para ingressar na área administrativa, adquirindo conhecimentos de administração, planejamento financeiro e até marketing. 

Formação de pilotos - No que diz respeito à formação de pilotos, Edson Gastar, que também é piloto de carreira, ressalta que duas etapas são requeridas, uma teórica e outra prática. Na etapa de formação teórica, o aluno que estuda na Anhembi Morumbi é submetido ao Curso Teórico para Piloto Privado, cujas disciplinas incluem Navegação Aérea, Meteorologia Aeronáutica, Regulamento de Tráfego Aéreo, Teoria de Vôo (aerodinâmica) e Conhecimentos Técnicos (parte estrutural das aeronaves).

 Uma vez concluída a etapa teórica, o aluno se submete aos exames da Anac, uma espécie de vestibular, no qual são exigidas médias de avaliação igual ou superior a 7,0 em cada uma das disciplinas citadas. 

Já na etapa de formação prática, o aluno precisará cumprir 40 horas práticas de vôo, sendo que, no final, será submetido ao chamado voo de cheque, no qual o candidato é avaliado sobre sua proficiência na aeronave escolhida. 

Esta é a primeira etapa da formação, tanto para piloto privado de avião como de helicóptero. O coordenador lembra que o termo brevê foi substituído pela expressão licença, que pode ser de três tipos: piloto privado, piloto comercial e piloto de linha aérea. “Para cada uma dessas licenças, existe uma exigência diferente, tanto de conhecimentos teóricos quanto de experiência prática. 

Por exemplo, para piloto privado, é preciso comprovar ter voado, pelo menos, 40 horas. 
Já para piloto comercial são 150 horas, e piloto de linha aérea 1500 horas de voo”, cita. 

Sobre a importância do curso de graduação para quem já é piloto, Edson lembra que esses profissionais têm muito conhecimento sobre como funciona a cabine do avião, da pilotagem em si, mas sem uma visão mais macro de como funciona todo o sistema aeroportuário. 

Segundo ele, o curso de graduação visa proporcionar um olhar mais abrangente a respeito da aviação. “Para que um avião esteja pronto para decolar, inúmeras pessoas trabalharam para isso. Desde os que fizeram divulgação, e venderam passagens, aos que proporcionaram o embarque do passageiro e realizaram a manutenção do avião. Pare para pensar quantas pessoas estão envolvidas em uma decolagem de um avião. O decolar em si é a ponta da linha, mas para que isso aconteça, existiram inúmeros processos anteriores. 

O piloto muitas vezes chega à universidade achando que, pelo fato de já ser comandante, não tem mais nada a aprender, mas, quando começa a ter uma noção das outras áreas da aviação, fica espantado por desconhecer tantos detalhes”. 

Além do curso de graduação em Aviação Civil promovido pela Anhembi Morumbi, conheça abaixo outros cursos superiores na área: 
Fonte:Globo Universidade/foto:wingsescola

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